Hoje iniciamos uma programação especial que chamaremos de “Semana da Consciência Negra”
E para começar, vamos à Angola de hoje, vamos falar de Laurinda Gouveia.
Laurinda Gouveia é ativista política, e participou das manifestações que ocorreram em Angola há aproximadamente um ano contra um regime político que mantém o presidente no poder há mais de 35 anos, luta por um regime democrático, pacífico e socialmente justo.
Questionadora do crescimento econômico do país acompanhado pela desigualdade crescente. Naquela ocasião, Laurinda Gouveia foi espancada pela polícia, juntamente com outros ativistas angolanos acusados de conspirar contra o governo.
“Começaram a bater-me, ainda algemada, com porrete, com pau de vassoura, a dar-me mesmo na perna, em toda parte” contou Laurinda, enquanto apanhava, ouvia também ordens para se preocupar em casar e ter filhos, por ser mulher para não se meter nas lutas.
Laurinda Gouveia foi indiciada juntamente com o grupo dos 15 ativistas pelo Serviço de Investigação Criminal por ajudar a preparar um golpe de Estado. Em setembro de 2015 ainda foi impedida de sair de Angola para ir a uma conferencia de direitos humanos em Maputo.
Nosso apoio à sua coragem e resistência! Esta luta ainda não acabou!
Para saber mais:
Em breve em 23 de novembro será lançado pela Pública (agencia de reportagem e jornalismo investigativo), o documentário “É proibido falar em Angola”, da nossa já conhecida Eliza Capai e de Natalia Viana.
http://apublica.org/2015/11/vamos-falar-sobre-angola/
http://apublica.org/2015/10/proibido-falar-em-angola/
Por Rachel Baumel