Thais Cimino

Pra começar 2016 de um jeito bonito e bastante inspirador vamos apresentar Thais Cimino idealizadora do projeto Temos que falar sobre isso que reúne depoimentos e informações sobre o SER mãe, de verdade, com todas suas dores e delícias. Thais foi elencada uma das personalidades inspiradoras de 2015 pela Think Olga e através de seu projeto busca empoderar mulheres que são mães através de uma plataforma que reúne depoimentos anônimos sobre as experiências que circundam a maternidade e comumente ou são ignoradas ou camufladas. A plataforma busca dar voz a mulheres e mães que passaram pelas mais diversas situações: depressão pós-parto, transtornos ligados à saúde mental na maternidade e no período perinatal (desde a concepção até o primeiro ano do bebê), dificuldades durante a gravidez, sofrimento psíquico intenso entre outros.
Para quem ainda não conhece o projeto, vale dar uma olhada e indicar para todas as mamães (e futuras) conhecidas que muitas vezes podem se sentir sozinhas na luta.
Blog: https://temosquefalarsobreisso.wordpress.com/
Facebook: https://www.facebook.com/temosquefalarsobreisso/

Thais em depoimento sobre a criação desta rede de apoio:
”Temos que falar sobre isso, surgiu a partir da minha experiência pessoal com o processo de tornar-me mãe, que foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, de fato. Ao mesmo tempo foi, e está sendo, um percurso bastante doloroso, de transformação e grandes desafios e dificuldades. Comecei a pesquisar, e me dei conta do pouco que se fala franca e abertamente sobre essa parte não tão linda, não tão feliz, e cheia de obstáculos. Temos que falar da parte sombria da maternidade, da parte difícil, da parte que ninguém comenta, da parte que quase parece que não existe! Não importa onde, quando, como: me atrevo a dizer que todas as mulheres passam por algum tipo de dificuldade durante o período perinatal.

Infelizmente, muitas vezes as mães se encontram sozinhas, aflitas, sem muita idéia de “onde se meteram”, pensaram que podiam controlar e prever o que vinha pela frente, criaram muitas expectativas sobre a maternidade, às vezes, influenciadas pelo vende a mídia, o consumo e a cultura.
Não temos a menor idéia do que nos espera. E isso assusta. Dependendo da pessoa e da sua história, de forma mais leve ou mais arrebatadora. E nesse momento que caímos na realidade, que estamos frágeis, sensibilizadas, com os hormônios daquele jeito, uma quantidade enorme de mulheres se encontram desamparadas, ou mal acompanhadas de críticos e conselheiros de plantão. Imagina a situação de dor, que possa sentir uma mulher que sofreu violência obstétrica, como tantas passam e ficam caladas. Ou a sensação de inadequação quando não se sentem vinculadas aos seus bebês, quando ao invés de toda aquela felicidade e amor que deveria sentir não chega nunca. E a dor de tentar amamentar e os seios sangram, e o bebê está com fome, e ela está exausta, ou o leite não vem ou ela tem uma mastite

Essas mulheres, onde procuram apoio? Se procuram, onde encontram? Qual é a qualidade desse apoio? Muitas tem medo de contar para o parceiro, para a mãe, para o médico, para a amiga ou quem seja, por vergonha, por insegurança, por medo de correrem o risco de serem consideradas incapazes de cuidar dos seus próprios filhos, e por estarem cansadas de serem rotuladas e julgadas.
E aí entra o Temos que falar sobre isso, porque acreditamos que o primeiro passo para curar é falar sobre isso. E falando sobre isso damos a oportunidade de outras pessoas escutarem e se identificarem com o nosso caso, com a nossa história e pensarem sobre isso, e também falarem sobre isso. Formando, assim, uma rede. Para dar voz a essas tantas mulheres, criei essa plataforma, para que de forma anônima, elas possam dar seus depoimentos, os Desabafos Anônimos, como eu chamo, compartilhando como se sentem sem serem julgadas. Para ajudá-las a encontrarem força e conforto em outras mães, para que juntas possam ver que as angústias que sentem são mais comuns do que elas pensam, que as dificuldades que se deparam não são exclusividade suas, mas um denominador comum para muitíssimas mães. Aqui queremos dar informação à essas mulheres”.

Juntas somos mais fortes.
Que 2016 seja um ano de fortalecimento, lutas e muitas conquistas.

10371724_1168977686453239_5698270140221423310_n

Fontes: https://goo.gl/Fk39Ig
https://goo.gl/Fk39Ig

Por Flávia Scholz

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

9 + 1 =