Maria Ribeiro da Silva

Nada melhor do que Maria Ribeiro da Silva para inspiração no começo desta semana!

Maria Ribeiro da Silva nasceu em Pelotas em 1912 e começou a trabalhar ainda jovem como voluntária no Presídio Central de Porto Alegre. Aos 24 anos, Maria ficou viúva e decidiu que gastaria todo o dinheiro que receberia de herança para levar presos de alta periculosidade para viver em sua própria casa, junto com seu filho pequeno. Maria então, fundaria seis anos mais tarde o Patronato Lima Drumond. Lá, os presos poderiam visitar suas famílias todos os dias, desde que voltassem à tarde.

Em 78 anos de vida de patronato, nenhum preso fugiu ou cometeu algum delito. Isso se deve Maria utilizava-se de uma metodologia de trabalho baseada em confiança, diálogo e respeito.

Até os 102 anos de vida Maria Ribeiro recebeu cuidados de seus “anjos”, maneira carinhosa pela qual ela chamava os homens para os quais dedicou seu trabalho de assistente social e sua vida.

Infelizmente Maria faleceu na tarde de ontem em razão de uma insuficiência respiratória. Porém, a nós deixa seu legado:

“Quando me perguntavam como conseguia chamar um criminoso de anjo, respondia que existem anjos de todos os jeitos. Tenho mais de 50 anos de vida dentro de cadeias e jamais fui constrangida e desrespeitada. Porque soube respeitar. Não há criatura irrecuperável, mas sim, método inadequado. ”
Maria Ribeiro da Silva
(Por Laura Budel)

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