GERTRUDE STEIN

Retratada por Woody Allen em seu filme ‘Meia Noite em Paris’, a mulher que ‘descobriu’ Picasso, que inventou a expressão ‘geração perdida’, aplicada a Hemingway e Fitzgerald, que aconselhou Paul Bowles a dedicar-se à música e que se considerava um gênio, Gertrude Stein consegue ser muito mais do que ‘apenas’ uma extraordinária escritora.
Também possuía uma das maiores e mais ricas coleções de arte do século XX, que se encontram, agora, espalhadas por vários museus. No seu apartamento, em Paris, acotovelavam-se personagens e personalidades do mundo artístico e da sociedade da época.”

Nascida em 3 de Fevereiro de 1874, nos EUA, largou o curso de medicina e, junto com seu irmão Léo, mudou-se para a França no início do século XX. Tão logo chegaram, tornaram-se rapidamente o centro da atividade cultural em Paris. Para além de pintores o famoso, sua casa acolhia os mais geniais escritores da época. Incluso, afirmava sem nenhuma modéstia que fora ela quem ensinou Hemingway a escrever.

Gertrude dizia que não queria que as emoções ditas “femininas” dominassem sua vida, preferindo ser ela a dominar o mundo, reprimindo sempre a eventual primazia da emoção. A única paixão permitida era reservada, claro, à escrita.

Autora de diversos livros, entre eles ‘A autobiografia de Alice B. Toklas’ considerado o maior clássico, bem como de ‘Three Lives’, escrito em 1905, que foi concebido, segundo ela, a partir de um quadro de Cézanne. Este ultimo foi considerado a primeira narrativa longa e séria sobre a vida dos negros nos Estados Unidos. Escritora incansável, inovou em literatura e foi uma importante mentora da arte moderna. Diz-se que ela fez com as palavras o que Picasso fez com as tintas. Junto com Virginia Woolf e Willa Cather, representam uma ideia de sucesso feminino, além dos limites da ‘boa esposa’. Eram agora ‘mulheres de letras’.

Gertrude demonstrou abertamente que desafiava as convenções, contribuindo para uma admiração por parte das comunidades homossexuais da época e de hoje. A sua qualidade de judia tão pouco a marcou com sinais de exclusão. Durante a Primeira Grande Guerra, permaneceu em Paris ajudando a Cruz Vermelha e durante a Segunda Grande Guerra trabalhou para a Resistência.
No quadro, Gertrude Stein retratada por Picasso. Ao dizer que a figura não se parecia com ela, PPicasso respondeu: “Parecerá”.
Morreu a 27 de Junho de 1946, deixando um dos maiores legados para a história das mulheres.

Sugerido pela querida Barbara Bastos.
Por: Carol Zorzetto
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gertrude_Stein
http://www.lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Template=..%2Flivros%2Flayout_autor.asp&AutorID=808160
http://anosloucos.blogspot.com.br/2009/08/gertrude-stein.html