IRENA SENDLER, polonesa nascida no ano de 1910, vivenciou duas guerras mundiais e atuou clandestinamente salvando ao menos 2.500 crianças judias do Gueto de Varsóvia.
Na década de 30, época em que estudava literatura polonesa, Irene, membro do Partido Socialista local, foi expulsa da Universidade de Varsóvia em razão de ter enfrentado um professor que ordenara a seus alunos judeus que se sentassem em local separado, na classe. Neste episódio, Irena teria se sentado junto aos colegas judeus e ao ser questionada sobre por que o estava fazendo, respondeu: “Hoje sou judia”.
Na época da invasão alemã na Polônia, em 1939, Irena, que ela trabalhava no Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia, protegia famílias judias ao registrá-las como infectadas por tifo ou tuberculose de modo a evitar que suas casas fossem inspecionadas.
No fim do ano de 1940, quando a entrada e a ajuda humanitário nos guetos nos quais os judeus eram aprisionados em Varsóvia foi proibida, Irena falsificou documentos para conseguir a permissão de adentra-los e assim levava escondido alimentos, roupas, remédios e dinheiro aos que viviam presos do lado de dentro dos portões.
Nos anos posteriores o governo alemão acirrou a perseguição aos judeus e o número de mortos e desaparecidos aumentava assustadoramente. Foi nesse momento que Irena passou a organizar fugas, chegando a salvar 2500 crianças e providenciando cerca de 3000 documentos falsos para facilitar a fuga de judeus para fora dos guetos, evitando que fossem levados aos campos de concentração e extermínio.
Presa a uma cadeira de rodas até o ano de sua morte em razão de lesões provocadas pela tortura que sofreu ao ser presa e interrogada pela Gestapo, Irena não cedeu e foi condenada à morte, da qual porém conseguiu se livrar quando um colega e cúmplice subornou um agente nazista, sendo porém obrigada a fugir. Na noite em que deveria ter sido fuzilada, Irena teria achado seu nome entre de pessoas executadas em cartazes nos muros de Varsóvia.
(Este post foi escrito por Norma Müller sob indicação de Gabriela Diniz. Obrigada, Gabi!)
Saiba Mais:
http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=741&p=1
http://www.irenasendler.org/
