Leila Diniz

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça”…
Leila Diniz, a eterna musa de Vinicius de Morais, representou muito mais do que apenas “um corpo dourado no sol de Ipanema”. Criticada pela sociedade patriarcal e machista, perseguida pela direita, difamada pela esquerda conservadora e considerada vulgar pelas mulheres de seu tempo, Leila Diniz sofreu na pele o preço de lutar pela liberdade feminina.

Em razão de sua entrevista dada ao jornal O Pasquim em 1969, foi instaurada a censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz. O exemplar mais vendido do jornal foi exatamente este, no qual uma mulher ousava reivindicar seu direito ao prazer, ao sexo e a liberdade até então masculina (com sua célebre frase: “Se eu quiser, transo de manhã, de tarde e de noite. Contanto que eu queira”). Perseguida pela polícia política acusada de ter ajudado militantes de esquerda, a TV Globo, do Rio de Janeiro, não renova o contrato de atriz. De acordo com Janete Clair, não haveria papel de prostituta nas próximas telenovelas da emissora.

Mesmo depois de afastada da TV, Leila tornou-se um ícone da liberdade, da revolução feminina, do hedonismo e da indignação que não abdica do prazer e de sonhar.
Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: “Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão.”

Leila faleceu com 27 anos em um acidente de avião, em 1972.

leila diniz

Fontes: http://www.omartelo.com/omartelo23/musas.htmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Leila_Diniz

Por: Carol Zorzetto

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