Hoje falaremos de Anita Malfatti: uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira.

Nascida em São Paulo, em 2 de dezembro de 1889. Aos três anos de idade foi levada pelos pais a Itália, na esperança de corrigir uma atrofia no braço e na mão direita. O tratamento médico não deu resultados e ela teve que carregar essa limitação pelo resto da vida. Voltando ao Brasil, teve a sua disposição uma governanta, que a ajudou no desenvolvimento do uso da mão esquerda e no aprendizado da arte e da escrita.
Estudou pintura em escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos,no primeiro país foi muito influenciada pelo expressionismo e no segundo teve contato com o movimento modernista.
Em 1917, Anita Malfatti realizou uma exposição artística muito polêmica, suas obras , que retratavam principalmente os personagens marginalizados dos centros urbanos, causou desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras sendo criticadas por personalidades como Monteiro Lobato. Após a crítica de Lobato, as telas vendidas foram devolvidas, algumas quase foram destruídas a bengaladas; o artigo gerou uma verdadeira enxurrada de artigos de jornais, contra Anita. A primeira voz que se levantou em defesa da pintora, ainda que timidamente, foi a de Oswald de Andrade.
Em 1922, participou da histórica Semana de Arte Moderna. Entre os anos de 1923 e 1928 foi morar em Paris. Retornou à São Paulo em 1928 e passou a lecionar desenho na Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo.
Entre 1933 e 1953, passou a lecionar desenho nas dependências de sua casa.
Em 1964, na cidade de São Paulo, Anita Malfatti morre, mas deixa um precioso legado para a arte brasileira introduzindo um novo estilo de pintar que, rejeitado a princípio, foi aos poucos adotado por toda uma geração de artistas. Marco divisório entre o antigo e o novo, a obra de Anita constitui uma inestimável contribuição para a cultura brasileira.

Por Rafaela da Rocha